Afonso Anes Boto

Afonso Anes Boto, foi tabelião da vila de Setúbal.

A 02.07.1456 este Afonso Anes Boto teve uma carta de perdão real, em virtude de ter sido acusado de ter feito uma quitação falsa contra Pero Manhos, tendo na ocasião pago 3.000 reais brancos para as obras da Relação régia, e ficado proibido de exercer o ofício de tabelião. 

Considera-se ser o Afonso Anes Boto, que foi morador no Bombarral, assim como monteiro e guardador das matas reais da Albergaria, e que foi substituído no cargo em 1472 aquando da sua morte. 

E certamente pai de outro Afonso Anes Boto, também morador no Bombarral, que a 20.04.1512 teve mercê para se aposentar deste cargo, tendo na mesma dada mercê para lhe suceder um Braz Boto, provavelmente seu filho. 

Polémica em 1917

Já em Junho de 1917 a política bombarralense era fértil em polémicas como atesta este artigo do jornal O Concelho do Bombarral atribuindo a Miguel Baptista Nunes (por acaso administrador do jornal que publica o artigo) a responsabilidade pelos primeiros passos para a criação do concelho do Bombarral, criticando Júlio Tornelli.

Na mesma edição do jornal o respectivo proprietário, director e editor João Coelho Monteiro tece criticas na primeira página a Júlio Tornelli e Tomaz da Conceição Rosado e no interior do jornal responsabiliza Júlio Tornelli pela não construção do matadouro.

Festas Desportivas 1917

24 de Junho 1917 promovidas pelo Sport Clube Bombarralense as Festas Desportivas com os seguintes resultados:

Bicicletas

1. José Pereira Conceição (Bombarral)
2. João Santa Ana Alves (Lisboa)
3. Artur Silva (Lisboa)
4. José Madeira Figueiredo (Lisboa)
5. Félix Pereira Conceição (Bombarral)
6. Hermínio Pereira Silva (Bombarral)
7. Álvaro Carlos Borralho (Lisboa)
8. Mário Joaquim Sousa (Bombarral)

Pedestre-gafa

1. Salvador Madeira
2. Mário Joaquim de Sousa
3. Marcelino Coito
4. Mário dos Santos
5. Quinterio das Neves
6. António Leiria
7. Gustavo André

Regata

1. Belmiro Marques
2. Pedro Monteiro
3. Aníbal Rosado
4. José Elipidio

Pedestre

1. José Ferreira Silva
2. Belmiro Marques
3. Francisco Ferreira

Bombarral na I Guerra Mundial

Mais uma área da nossa história local que está quase em branco: a participação (e morte) de bombarralenses na I Guerra Mundial:

Nas páginas do jornal O Concelho do Bombarral encontramos em 1917 / 1918 as seguintes referências:

A 14 de Outubro de 1917 é dada nota da morte do primeiro soldado bombarralense em França: João Rodrigues Mata. Era filho de Emília de Oliveira Patrício (da Delgada), Pertencia ao 3.º esquadrão de Cavalaria 4.

A 24 de Setembro de 1917 morre em França o soldado n.º 140 do Batalhão de Sapadores de Caminho de Ferro Júlio Timóteo (natural de São Mamede) onde deixa viúva Carolina Rosa Timóteo. (noticia de Novembro de 1917)

A 27 de Junho de 1918 faleceu em França o bombarralense Augusto Ferreira Gamelas (filho de João Ferreira Gamelas e de Margarida Jesus, todos do Bombarral). Foi vítima de um ataque com gases nas trincheiras da I Guerra Mundial. Pertencia à 3.ª bateria do C.A.P. 2.º G.

Em Julho de 1917 e Maio de 1918 é noticiada a presença nos campos de batalha de Artur Jerónimo (que para ali partira no inicio de 1917) e em Março de 1918 é noticiado que Feliz Correia, que estava em Inglaterra irá ser enviado para a frente de batalha em França

A 15 de Março de 1917 é feita menção ao soldado Fernando dos Santos (Columbeira) que está em França. Era sobrinho de Fernando Maria da Costa e primo de Belchior Miguel da Silva.

Em Junho de 1917 é publicada uma carta de Mapril Rosado onde se expõe a dificuldade em que vive Maria da Conceição Marques, esposa do soldado José Eugénio, que fazia parte do Corpo Expedicionário Português em França. Uma das grandes dificuldades era o facto da Repartição de Abonos e Assistências aos mobilizados estar muito atrasada no pagamento dos parcos apoios (ontem como hoje, pouco muda em Portugal). Critica-se também a sub-comissão da Cruzada das Mulheres Portuguesas. Na mesma situação está Maria José Ramos (da Delgada) com dois filhos menores, cujo marido também está em França (mas cujo nome não é mencionado). É o jornal que toma a iniciativa de dar 1$52 a M.ª Conceição Marques (resultante de uma oferta do Dr. Henrique Souto Maior).  A critica à sub-comissão da Cruzada das Mulheres Portuguesas é rebatida na edição seguinte do jornal através de Evaristo Judicibus (que nesta comissão representa o Sport Clube) que alega que os respectivos fundos não são para acudir às famílias dos mobilizados

NOME	NATURALIDADE	PATENTE	UNIDADE MILITAR	DATA, CAUSA E LOCAL ÓBITO	SEPULTURA
Luciano Romão	Carvalhal	2.º Cabo (483)	Regimento de Artilharia de Montanha (Exército)	27 de Novembro 1917 Paludismo Moçambique	Chomba
Augusto Ferreira Gamelas	Bombarral	Soldado (113)	Corpo de Artilharia Pesada 1.º Batalhão de Artilharia de Costa (Exército)	27 de Junho 1918 ? França	Ignorada
Júlio Timóteo	Roliça	Soldado (140)	Batalhão de Sapadores de Caminho de Ferro (Exército)	24 de Setembro 1917 ? França	Ignorada
Celestino da Silva Pereira	Bombarral	Soldado (39)	1.º Grupo de Metralhadoras (Exército)	09 de Dezembro 1918 Faísca Moçambique	Coval 38 Cemitério Goba Moçambique
João Rodrigues Malta	Carvalhal	Soldado (1332)	Comboio Automóvel Regimento Cavalaria 4 (Exército)	03 de Setembro 1917 Combate França	Coval 9 Talhão C, Fila 13 Cemitério de Richebourg L’avoué França
José Alexandre Maurício	Roliça	Soldado (468)	Corpo de Artilharia Pesada 1.º Batalhão de Artilharia de Costa (Exército)	04 de Maio de 1918 Combate França	Coval 2 Talhão D, Fila 17 Cemitério de Richebourg L’avoué França
José Pereira	Roliça	Soldado (487)	Corpo de Artilharia Pesada 1.º Batalhão de Artilharia de Costa (Exército)	02 de Junho 1918 Combate França	Coval 4 Talhão B, Fila 14 Cemitério de Richebourg L’avoué França

Mapa feito tendo como fonte: http://www.memorialvirtual.defesa.pt/Paginas/Inicio.aspx

Administradores do concelho do Bombarral

Antes de Março de 1915 era António Bruno Patuleia
A 18 de Março de 1915 era César Gouveia Homem (ex- administrador do concelho de Santiago do Cacém)
De 15 de Junho a  20 de Março de 1917 era Armando Colares Vizela

A 17 de Outubro de 1918 era José Andrade Neves


REGEDOR

João Lino Pereira bruno até Abril 1915 depois Manuel ferreira Santos

Bombarral MDDXIL

08 de Outubro de 1842 - homicidio no Sobral Parelhão