sexta-feira, 29 de agosto de 2014

processo de João Anes

João Anes, morador no Bombarral, enviou dizer, por sua petição, que poderia haver um ano, andando ele suplicante em uma relva ante umas vinhas, guardando uns bois, chegara João da Nora e Pero Alvares, ambos moradores nesse lugar, os quais disseram ao suplicante que lhe queriam tomar os ditos bois, porque o lugar onde ele, suplicante, trazia os bois, era relva e não lugar, dissera palavras injuriosas aos ditos jurados pelo que se temia de as justiças o prenderem. E houverea perdão dos ditos jurados, segundo um público instrumento, feito e assinado por Diogo de Melo, tabelião na aldeia do Bombarral, aos 17 de Março de 1501, no qual se continha que João d'Evora lhe perdoava as más palavra com que, sobre seus ofícios, o injuriara, a ele e seu parceiro, Pero Alvares, já finado. Enviando pedir, el-rei, vendo seu dizer e visto o instrumento de perdão e um parece com o seu passe, lhe prouve perdoar-lhe o dizer as ditas palavras ao jurado, contanto pagasse 500 rs. para a Piedade . João Lourenço a fez.

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